Entre a Vida e a Literatura: As Reflexões de Clare Carlisle na The New Yorker
Em um artigo recente publicado na revista The New Yorker , intitulado “ Clare Carlisle and the Genre-Bender ”, a filósofa e biógrafa britâni...
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Em um artigo recente publicado na revista The New Yorker, intitulado “Clare Carlisle and the Genre-Bender”, a filósofa e biógrafa britânica Clare Carlisle analisa como algumas autoras contemporâneas vêm dissolvendo as fronteiras entre ficção e não ficção. A matéria foi publicada na editoria de livros da revista, conhecida por trazer sempre discussões profundas e atualizadas sobre o universo literário.
Segundo Carlisle, obras recentes têm usado a primeira pessoa de forma inovadora, transformando experiências pessoais em narrativas literárias que desafiam as classificações tradicionais de gênero. Ela destaca quatro exemplos emblemáticos:
- "Checkout 19", de Claire-Louise Bennett, que mistura introspecção e fluxo de consciência em um retrato íntimo de uma narradora moldada por suas leituras.
- "Slow Days, Fast Company", de Eve Babitz, que captura o espírito da Los Angeles dos anos 60 e 70, mesclando memória sensorial e crônica de costumes.
- "Festival Days", de Jo Ann Beard, uma coletânea de ensaios que lida com temas de perda, amizade e identidade emocional.
- "Motherhood", de Sheila Heti, que explora, com humor e filosofia, a difícil decisão em torno da maternidade.
Carlisle argumenta que essas autoras propõem um novo tipo de escrita, em que as linhas entre realidade e imaginação são intencionalmente borradas, oferecendo ao leitor uma experiência mais íntima e reflexiva.
Se você se interessa por como a literatura contemporânea está reinventando suas próprias formas, vale muito a pena conferir a matéria original diretamente no site da The New Yorker. A leitura é uma excelente oportunidade para se aprofundar nessa tendência tão viva e provocadora da literatura atual!