O Conto da Caixa Admirável




Por fora se via, havia brilho.

Por cima se tinha, tinha reflexo.

De lado se olhava, uma volta dourada.

De trás almejava, uma pedra encantada.

Por: Jhonnathan Pereira


A vizinha falou: Minha nossa!

O homem gritou: Devolva é nossa!

O carteiro disse: Eu que achei!

O padre completou: Eu vi e paguei!


Toda a rua se admirava

Com o brilho fora da caixa,

Tendo em vista a tenebrosa,

A escura e horrorosa.

Mulher do pai do dono da caixa.

Desce morro, sobe morro.

Cai a chuva sem parar,

Todos veem a caixa, somente pra se apresentar.


Nada vale, nada é.

Somente o externo prende a nossa fé.

Com correntes de agonia.

Alienado sem saber.

Molhado com água vermelha.

Para o bem lhe parecer.


A chuva continua lá fora.

Todo mundo já entrou.

A caixa continua cobiçada, pelo infeliz do pastor.

Amaldiçoada pela aparência.

Esposa do bem querer.

Afilhada da maldade, aliena sem saber.


Faltam adjetivos para colocar.

Nomes para se ter.

Pressa em abrir uma caixa para rico parecer.


A chuva continua lá fora, todo mundo já entrou.

A caixa foi aberta, pelo infeliz do pastor.

Muito espanto e agitação.

Todos quietos irão ficar.

Quando verem que na caixa.

Apenas o vazio ali está.

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